http://www.youtube.com/watch?v=udIhlFD_jVQ
João Luiz é Psicanalista, escritor e especialista e técnico em reabilitação de dependentes químicos.
quinta-feira, 22 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
"A HISTÓRIA DAS COISAS"
Alarme ecológico
A Terra sofre um estresse fantástico em todos os seus
ecossistemas. A espécie humana ocupa 83% do planeta, e
este, dada a voracidade do processo industrialista, já ultrapassou
em 20% sua capacidade de resistência e de regeneração,
segundo constatam vários órgãos de acompanhamento ecológico mundial. Esse estresse enorme afeta todos os
ecossistemas, mas transparece fundamentalmente em dois
pontos. Um deles é a falta de alternativas para a energia fóssil,
que possivelmente se esgotará nos próximos trinta ou
quarenta anos. O outro é a crise da água potável. Pude participar
de um dos vários congressos que a Organização das
Nações Unidas (ONU) propôs sobre o assunto. Neles constatou-
se a dramaticidade da situação. Um dos relatórios diz
que entre os anos de 2005 e 2007 poderão ocorrer guerras
de grande devastação para garantir acesso a fontes de água
potável. De toda a água do mundo, apenas 3% é potável, e
desses 3% apenas 0,7 % é acessível ao uso humano. O risco é
que nos próximos anos haja a conjugação do aquecimento
do clima do planeta com escassez de água. Caso isso ocorra,
haverá uma crise alimentar fantástica, com ameaça a milhões
de famílias, as quais se somarão ao imenso contingente de
imigrantes que vagam pelo mundo, desestabilizando o frágil
equilíbrio do planeta.
Então temos de pensar na importância da alfabetização
ecológica. Durante o Fórum Social Mundial de Porto
Alegre, agora em 2003, conversei com Fritjof Capra1 e com
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, a respeito de iniciar
a alfabetização ecológica no Brasil. Capra, que dirige
um instituto na Califórnia voltado para isso, me deu a seguinte
resposta: “Eu me prontifico a vir ao Brasil, mas prefiro
começar a alfabetização ecológica pelos empresários, e
não nas escolas, porque são eles que mais necessitam dela”.
Sem dúvida, há a necessidade de uma nova relação da produção
com a natureza, com a poesia, com a qualidade de
vida, e não só com a qualidade dos produtos. Estou certo de
que este é o objetivo do Instituto Ethos, ao se preocupar
com a qualidade global da vida, de toda a corrente da vida
da qual somos apenas um elo, uma parte, e não a totalidade.
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